Threat Intelligence: por que você precisa saber o que é?
Conhecer o conceito de Threat Intelligence é essencial para garantir a segurança da empresa contra as constantes ameaças cibernéticas
Ataques virtuais estão se tornando cada vez mais comuns no Brasil, e as empresas estão cada vez mais vulneráveis. Segundo uma pesquisa anual realizada pela Proofpoint, 25% das empresas brasileiras relataram perdas financeiras devido a ataques digitais em 2023. E apenas sete em cada dez companhias conseguiram recuperar o acesso aos seus dados após pagar o resgate em ataques digitais.
Se você é proprietário de uma empresa ou se preocupa com a segurança dos dados de sua organização, é hora de conhecer o Threat Intelligence. Neste artigo, vamos mostrar como o Threat Intelligence pode proteger os seus dados contra ameaças cibernéticas e apresentar as soluções oferecidas pela Google Cloud Platform.
Está pronto para aprender mais? Então, continue lendo e descubra como manter a sua empresa segura!
Importância de adotar a inteligência de ameaças
Como o Threat Intelligence funciona
3 níveis de maturidade do Threat Intelligence
Como as empresas podem usar Threat Intelligence para proteger seus ativos?
Quais são as tendências atuais em inteligência de ameaças?
Ferramentas de segurança da Google Cloud
Threat Intelligence: o que é
Threat Intelligence (“inteligência de ameaças” em tradução livre) é o processo de coleta, análise e uso de informações relevantes para identificar ameaças à segurança de uma organização.
Essas informações são obtidas a partir de diversas fontes, incluindo dados de eventos de segurança, inteligência de ameaças, análises de malware e atividades de hacking.
A análise desses dados pode ajudar a identificar ameaças em potencial e tomar medidas proativas para evitar ataques de segurança cibernética.
Importância de adotar a inteligência de ameaças
A adoção de uma estratégia de Threat Intelligence é crucial para ajudar as organizações a proteger seus ativos de informação e sistemas contra ameaças cibernéticas.
Isso ocorre porque, com as crescentes ameaças cibernéticas, as organizações precisam ser capazes de entender e prever as ameaças em potencial que podem afetar seus negócios.
Ao coletar informações relevantes, como inteligência de ameaças e análises de malware, as empresas podem identificar tendências e comportamentos suspeitos, além de antecipar possíveis ameaças.
Dessa forma, é possível proteger a instituição contra ameaças conhecidas e desconhecidas, permitindo medidas proativas para mitigar os riscos de segurança.
Além disso, a adoção de uma estratégia de Threat Intelligence também pode ajudar a melhorar a eficácia das equipes de segurança cibernética, permitindo que elas tomem decisões mais informadas e rápidas em resposta às ameaças emergentes.
Como o Threat Intelligence funciona
O Threat Intelligence é um processo contínuo que envolve várias etapas, desde a coleta até a análise e o compartilhamento de informações relevantes para ajudar a proteger uma organização contra ameaças cibernéticas.
O ciclo de vida do Threat Intelligence geralmente envolve as seguintes etapas:
- Coleta: o processo começa com a coleta de informações de diversas fontes, incluindo feeds de inteligência de ameaças, análises de malware e eventos de segurança.
- Normalização: em seguida, os dados coletados são normalizados e transformados em um formato que possa ser facilmente analisado.
- Análise: os dados normalizados são então analisados para identificar padrões e tendências, permitindo que os analistas de segurança identifiquem possíveis ameaças.
- Compartilhamento: as informações relevantes são compartilhadas com as equipes de segurança da organização, permitindo que elas tomem medidas proativas para mitigar os riscos de segurança.
- Ação: as equipes de segurança cibernética podem então tomar medidas para proteger seus ativos de informação e sistemas contra ameaças cibernéticas.
- Feedback: a última etapa, envolve a revisão do processo e a análise do seu desempenho, com o objetivo de identificar possíveis melhorias e aprimorar a estratégia de Threat Intelligence da organização.
Em resumo, o Threat Intelligence é um processo contínuo que envolve a coleta, análise e compartilhamento de informações relevantes para identificar ameaças cibernéticas e tomar medidas proativas para proteger os ativos de informação e sistemas de uma organização contra possíveis ataques.
3 níveis de maturidade do Threat Intelligence
Existe uma curva de maturidade no Threat Intelligence, que o divide em 3 diferentes níveis. Eles se diferem na profundidade da análise, na compreensão das ameaças e na capacidade de responder a elas.
As organizações podem usar esses níveis para avaliar sua maturidade em Threat Intelligence e desenvolver estratégias para melhorar a postura de segurança cibernética de sua organização.
Resumidamente, os 3 níveis de maturidade no Threat Intelligence são:
Tactical Threat Intelligence
Nesse nível, as equipes de segurança cibernética coletam informações sobre ameaças conhecidas e desconhecidas para ajudar a proteger os ativos de informação e sistemas da organização. A equipe de segurança utiliza essas informações para tomar decisões táticas e responder rapidamente às ameaças emergentes.
Operational Threat Intelligence
Nesse grau de maturidade, as equipes de segurança cibernética têm uma compreensão mais ampla das ameaças cibernéticas, incluindo a compreensão das táticas, técnicas e procedimentos dos adversários. Com isso, as equipes podem tomar medidas preventivas para evitar ataques em potencial.
Strategic Threat Intelligence
No último estágio, as equipes de segurança cibernética têm uma visão mais ampla do cenário de ameaças cibernéticas, incluindo o panorama geral dos adversários e das tendências de ataques cibernéticos em todo o setor. Com essa compreensão, as equipes podem tomar decisões estratégicas para se preparar e se defender contra ameaças emergentes a longo prazo.
Como as empresas podem usar Threat Intelligence para proteger seus ativos?
As empresas podem usar Threat Intelligence para proteger seus ativos, incluindo seus sistemas, dados e reputação de ameaças cibernéticas.
Essa estratégia permite que as organizações identifiquem e respondam rapidamente a ameaças cibernéticas, fraudes e outras atividades maliciosas, garantindo a segurança de seus clientes e a continuidade de seus negócios.
No Brasil, o setor do varejo é o mais visado por ataques hackers, segundo o relatório anual X-Force Threat Intelligence Index, da IBM de 2023. Por isso, nos exemplos práticos a seguir, vamos focar neste setor, em especial a suas versões digitais ( e-commerces e marketplaces), que são mais vulneráveis.
Monitoramento de vulnerabilidades
O Threat Intelligence pode ser usado para monitorar constantemente as vulnerabilidades conhecidas e desconhecidas em uma plataforma de comércio eletrônico. Isso permite que a empresa identifique e corrija vulnerabilidades antes que sejam exploradas por hackers.
Identificação de fraudes
As empresas de e-commerce e marketplaces podem usar Threat Intelligence para monitorar atividades fraudulentas, como transações suspeitas, contas falsas e comportamento anômalo. Essa análise pode ajudar a identificar e bloquear tentativas de fraude.
Proteção de dados do cliente
As empresas podem usar Threat Intelligence para monitorar atividades de vazamento de dados em tempo real e identificar possíveis violações de dados. Isso permite que a instituição adote medidas imediatas para proteger os dados do cliente.
Análise de ameaças externas
O Threat Intelligence pode ajudar a identificar ameaças cibernéticas externas, incluindo ataques de phishing, malware e ransomware. Isso permite que as empresas de e-commerce e marketplaces tomem medidas preventivas para proteger seus sistemas e dados.
Proteção da reputação da marca
As organizações de e-commerce e marketplaces podem usar Threat Intelligence para monitorar atividades nas mídias sociais e na web relacionadas à sua marca. Isso permite que a empresa identifique e responda rapidamente a comentários negativos, reclamações e outros problemas que possam afetar sua reputação.
Vale destacar que todos esses exemplos de como usar o Threat Intelligence para proteger seus ativos também podem ser aplicados a outros setores da economia. Como, por exemplo, na indústria, que é a área mais visada por ataques hackers no mundo, segundo o mesmo estudo da IBM.
Quais são as tendências atuais em inteligência de ameaças?
Em resumo, as tendências atuais de Threat Intelligence incluem a automação e inteligência artificial, integração de fontes de dados, colaboração e compartilhamento de informações, análise em tempo real e foco em ameaças internas.
Saiba mais sobre cada uma das tendências a seguir:
1 – Automação e inteligência artificial
A crescente complexidade e volume de dados cibernéticos exigem ferramentas mais avançadas para coleta, análise e interpretação de informações de ameaças. A automação e a inteligência artificial estão sendo cada vez mais usadas para ajudar a lidar com esse desafio.
2 – Integração de fontes de dados
A integração de diferentes fontes de dados, como feeds de inteligência de ameaças, dados de logs de segurança e informações de vulnerabilidades, é uma tendência crescente em Threat Intelligence. A integração de fontes de dados pode fornecer uma visão mais abrangente e precisa das ameaças.
3 – Colaboração e compartilhamento de informações
A colaboração entre organizações e o compartilhamento de informações de ameaças são essenciais para identificar e responder rapidamente a ameaças cibernéticas em evolução. As empresas estão cada vez mais dispostas a compartilhar informações de ameaças para se protegerem melhor.
4 – Análise de ameaças em tempo real
A análise de ameaças em tempo real é uma tendência importante em Threat Intelligence, permitindo que as empresas identifiquem e respondam rapidamente a ameaças emergentes. A análise em tempo real pode incluir a detecção de comportamento anômalo, análise de tráfego de rede e monitoramento de mídias sociais.
5 – Foco em ameaças internas
As ameaças internas, incluindo funcionários mal-intencionados e violações de dados acidentais, são uma preocupação crescente para as empresas. O Threat Intelligence está se concentrando cada vez mais em identificar e mitigar essas ameaças internas.
As organizações podem usar essas tendências para melhorar sua postura de segurança cibernética e se proteger contra ameaças emergentes.
Ferramentas de segurança da Google Cloud
A Google Cloud Platform oferece uma variedade de ferramentas que podem ajudar as empresas a implantar o Threat Intelligence de maneira eficaz, permitindo que elas monitorem e respondam rapidamente a ameaças em constante evolução.
Para destacar as 3 principais ferramentas de segurança da GCP para Threat Intelligence, podemos citar:
1. Security Command Center
O Security Command Center é uma ferramenta que permite às empresas monitorar e gerenciar a segurança de suas aplicações e recursos na Nuvem.
A ferramenta oferece uma visão abrangente de possíveis ameaças e vulnerabilidades em toda a infraestrutura de Nuvem da empresa, permitindo que as equipes de segurança identifiquem e respondam rapidamente a riscos de segurança.
Além disso, o Security Command Center integra-se com outras ferramentas de segurança da Google Cloud Platform, como o Cloud Data Loss Prevention e o Cloud Identity-Aware Proxy, para fornecer uma solução completa de segurança cibernética.
Com o Security Command Center, as empresas podem implantar e gerenciar com eficácia o Threat Intelligence em suas infraestruturas emNuvem, garantindo que elas estejam protegidas contra ameaças em constante evolução.
2. reCAPTCHA
Já o reCAPTCHA, é uma ferramenta que ajuda as empresas a protegerem seus sites e aplicativos da ação de bots maliciosos.
Ele é projetado para impedir o acesso não autorizado e a ação automatizada em sites, evitando que bots maliciosos realizem atividades prejudiciais, como a extração de dados e a distribuição de spam.
O reCAPTCHA utiliza tecnologias avançadas de machine learning para analisar o comportamento do usuário e detectar atividades suspeitas, como cliques repetitivos e preenchimento de formulários excessivamente rápido, o que pode ajudar a identificar e impedir a ação de bots maliciosos.
Com essa ferramenta, as empresas podem garantir que seus sites e aplicativos estejam protegidos contra ameaças cibernéticas comuns, como ataques de DDoS e hacking automatizado, ajudando a aumentar a segurança de seus ativos e dados.
3. Chronicle Security
Por fim, o Chronicle Security é uma ferramenta que utiliza inteligência artificial para ajudar as empresas a detectar e responder a ameaças cibernéticas em tempo real.
Ele permite que as empresas visualizem e analisem grandes quantidades de dados de segurança em tempo real, o que pode ajudar a identificar e responder a ameaças rapidamente.
Além disso, a ferramenta utiliza a análise comportamental para identificar anomalias e padrões de atividade suspeitos, o que pode ajudar a prever e prevenir possíveis ataques.
Veja como o Chronicle Security pode auxiliar sua empresa a melhorar sua visibilidade de ações e criar uma infraestrutura mais segura e consistente. Clique aqui e baixe o Whitepaper gratuitamente!